Tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular aguda pela técnica de Vukov

Dissertação de Mestrado

Arnaldo Amado Ferreira Neto

Orientador: Olavo Pires de Camargo

Resumo

Vinte e dois pacientes com luxação acromioclavicular aguda do grau IlI da classificação de Allman-Tossy foram tratados pela técnica de Vukov, de março de 1994 a janeiro de 1995.

Vinte e um ( 95,5% ) eram do sexo masculino e a idade variou de 17 a 62 anos ( idade média, 30 anos e 2 meses ). O lado direito foi comprometido em 15 casos ( 68,2% ), o traumatismo foi direto em 19 casos ( 86,4 % ) e a sua causa foi: queda simples 7 casos ( 31,8% ), acidente de moto 6 ( 27,3 % ), acidente de carro 3 ( 13,6% ), acidente de bicicleta 3 ( 13,6 % ), queda de altura 2 (9,1% ) e atropelamento 1 ( 4,5 % ).

O tempo mínimo de seguimento foi de 3 meses e o máximo de 16 meses ( tempo médio, 10 meses e 15 dias) e o tempo decorrido entre o traumatismo e o tratamento cirúrgico foi de 2 a 20 dias ( média, 9 dias ).

Dezesseis casos ( 72,7 % ) não apresentaram deformidade, 19 casos ( 86,4% ) evoluíram sem dor e em 18 casos (81,8%) a clavícula era estável. Em 16 casos ( 72,7%) não houve desvio da clavícula, em 3 ( 13,6%) o desvio foi parcial e em 3 (13,6 % ) o desvio foi total. A correlação entre o desvio da clavícula no exame radiográfico e a volta precoce às atividade não foi estatisticamente significante (p>0,05). Em 8 casos ( 36,3%) ocorreram calcificações ectópicas infra-claviculares sem relação com o tempo decorrido entre o traumatismo e o tratamento cirúrgico ( p>0,05 ). Houve infecção superficial em 6 casos ( 27,3% ) e capsulite adesiva em 3 casos (13,6 %).

A mobilidade do ombro estava normal em 21 casos ( 95,5% ), 20 pacientes ( 90,1 % ) voltaram às suas ocupações habituais sem restrições e 21 pacientes ( 95,5% ) ficaram satisfeitos com o tratamento. O resultado final, considerando aspectos clínicos e radiográficos, foi bom em 15 casos ( 68,1% ), regular em 2 (9,1% ) e mau em 5 ( 22,7% ).