Envelhecimento biológico do ombro. Estudo em 40 ombros dissecados
Dissertação de Mestrado
Américo Zoppi Filho
Orientador: Tomei Arakaki
Resumo
Foram dissecados 40 ombros da 20 espécimes, com idade superior a quarenta anos a analisados o tipo, a localização e a freqüência de alterações degenerativas.
Os achados maia frequentes foram osteófitos na articulação acromioclavicular, em 30% dos ombros. Essas saliências ósseas, possivelmente, contribuem para aumentar o atrito e a isquemia do músculo supra-espinhal.
As roturas do "manguito rotador" foram constatadas em indivíduos com 60 anos de idade ou mais (7,5% dos casos) e a única estrutura acometida foi o músculo supra-espinhal.
Em 20% dos ombros havia alterações na cabeça longa do músculo bíceps braquial, com achatamento e alargamento do tendão, sempre na área subjacente à do músculo supra-espinhal.
A cavidade glenoide apresentou alterações em 17,5% dos casos e a cabeça umeral em 10%, aparecendo áreas de erosão na superfície articular.
Apesar de não ser uma articulação de carga, o ombro sofre um processo de desgaste progressivo, enquadrado no que denominamos de envelhecimento biológico.